sábado, 3 de agosto de 2013

O professor e a motivação para estudar


É uma preocupação recorrente e pertinente de muitos professores saber como motivar o aluno em sala de aula, como fazê-lo prestar atenção, participar e realmente aprender a matéria. Mas é também muito importante o modo como o aluno desenvolve o seu estudo em casa. Estudar sozinho tem um papel crucial, pelo menos para mim, na fixação e no entendimento do conteúdo. É quando estuda sozinho que o aluno pode, a seu tempo, se aprofundar, revisar, desenvolver raciocínios, detectar dúvidas etc. É claro que o estudante do ensino médio não vai virar um expert em nenhuma matéria estudando sozinho, ainda mais com tantas disciplinas no currículo. Mas esse é um bom hábito que precisa ser incentivado pelos pais e pelos professores.

No desenvolvimento do hábito de estudo, entra também a questão já levantada aqui da motivação. E, sendo sinceros, todos aqui sabem como é difícil, principalmente para um adolescente, deixar de fazer uma atividade prazerosa para estudar. O problema é que a motivação externa é muitas vezes uma prova, como o vestibular. Ultrapassada essa etapa, o gosto pelo estudo costuma não permanecer. Acredito que se a aprendizagem significativa é estimulada na escola, o aluno passa a pensar os conteúdos de modo diferente, mais complexo, e isso é transferido para a aprendizagem individual. Se uma aula de história é interessante e faz conexões com outras aulas, como filosofia e geografia, por exemplo, a pessoa pode incorporar esse modo de relacionar os conhecimentos quando estuda sozinha.


No final das contas, o professor acaba sendo um pouco responsável pela maneira como o aluno encara a matéria em casa. Conheci uma adolescente que queria prestar vestibular para sociologia, mas não conseguia estudar matemática porque “detestava” o professor. Sua mãe lhe mostrou que a matemática seria importante até mesmo no curso de sociologia, já que é preciso estudar estatística. Essa mãe criou a motivação específica que faltava para a filha querer entender a matéria. Além disso, podemos ver nesse exemplo que os sentimentos, o “gostar ou não” da matéria, pode ser traduzido em gostar ou não do professor.

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