
- “Nós apenas
respondemos a estímulos externos no processo de aprendizagem, ou aprendemos de
acordo com nossas experiências e com os conhecimentos que adquirimos ao longo
de nossa vida?”
Os estímulos
externos e as nossas respostas a eles são o que os behavioristas consideram ao
analisar o comportamento humano. O behaviorismo não tenta analisar o que vai
além dessas respostas. Parece, então, que o homem é produto apenas de
repetições e imitações. Acho que repetir e imitar fazem parte do
desenvolvimento natural das crianças, mas não é só isso. Concordo com o
construtivismo e com o interacionismo; aprendemos com as experiências, somos
sujeitos ativos na troca de significados que gera conhecimento.
O meio influencia
bastante o aprendizado. O que eu pude concluir do estudo dessas teorias é que
há uma espécie de equilíbrio de forças em nosso desenvolvimento. Há uma relação
dialética entre o “eu” e o meio externo que nos proporciona a interação com os
objetos de conhecimento. Temos “de um lado” nossa formação biológica, nossas
capacidades cognitivas, nossa personalidade, emoções, história de vida. Tudo
isso forma uma identidade pessoal que interage com o mundo e com as outras pessoas
- família, professores, escola, colegas, situações-problema, objetos de
conhecimento etc.
É interessante compararmos as teorias e as
diferentes abordagens sobre esse mesmo objeto de estudo que é o desenvolvimento
e a aprendizagem. Eu ainda me confundo um pouco com algumas teorias, como a
construtivista e a sócio-interacionista. A aprendizagem, como qualquer outro
fenômeno, é um processo complexo, um sistema que envolve muitas coisas e cada
pesquisador o analisa segundo a sua “especialidade”, suas crenças, seu
paradigma, mas o objeto de estudo é o mesmo e sempre há algo de válido em todas
as abordagens.
O comportamentalismo e sua ênfase na análise do
comportamento exterior por meio dos processos de estímulo-resposta, recompensa
e punição mostra uma visão mais simplista do ser humano, desconsiderando os
complexos processos mentais de aprendizagem e as interações sociais. No
entanto, ressalta a importância do comportamento como meio para entendermos a
aprendizagem. Piaget, por exemplo, também analisava, ainda que de modo bem
diferente, as respostas dadas pelas crianças aos seus problemas (estímulos).
Outra “pista correta” comum às teorias
cognitivista, construtivista, interacionista e a da pessoa concreta é que todas
consideram o indivíduo como ativo na construção de seu próprio conhecimento.
Esses e outros aspectos são instrumentos
importantes para o professor poder intervir da melhor maneira no processo de
aprendizagem do aluno.
-Anita-
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