quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Aprendizagem



- “Nós apenas respondemos a estímulos externos no processo de aprendizagem, ou aprendemos de acordo com nossas experiências e com os conhecimentos que adquirimos ao longo de nossa vida?”

Os estímulos externos e as nossas respostas a eles são o que os behavioristas consideram ao analisar o comportamento humano. O behaviorismo não tenta analisar o que vai além dessas respostas. Parece, então, que o homem é produto apenas de repetições e imitações. Acho que repetir e imitar fazem parte do desenvolvimento natural das crianças, mas não é só isso. Concordo com o construtivismo e com o interacionismo; aprendemos com as experiências, somos sujeitos ativos na troca de significados que gera conhecimento.


O meio influencia bastante o aprendizado. O que eu pude concluir do estudo dessas teorias é que há uma espécie de equilíbrio de forças em nosso desenvolvimento. Há uma relação dialética entre o “eu” e o meio externo que nos proporciona a interação com os objetos de conhecimento. Temos “de um lado” nossa formação biológica, nossas capacidades cognitivas, nossa personalidade, emoções, história de vida. Tudo isso forma uma identidade pessoal que interage com o mundo e com as outras pessoas - família, professores, escola, colegas, situações-problema, objetos de conhecimento etc.

É interessante compararmos as teorias e as diferentes abordagens sobre esse mesmo objeto de estudo que é o desenvolvimento e a aprendizagem. Eu ainda me confundo um pouco com algumas teorias, como a construtivista e a sócio-interacionista. A aprendizagem, como qualquer outro fenômeno, é um processo complexo, um sistema que envolve muitas coisas e cada pesquisador o analisa segundo a sua “especialidade”, suas crenças, seu paradigma, mas o objeto de estudo é o mesmo e sempre há algo de válido em todas as abordagens.

O comportamentalismo e sua ênfase na análise do comportamento exterior por meio dos processos de estímulo-resposta, recompensa e punição mostra uma visão mais simplista do ser humano, desconsiderando os complexos processos mentais de aprendizagem e as interações sociais. No entanto, ressalta a importância do comportamento como meio para entendermos a aprendizagem. Piaget, por exemplo, também analisava, ainda que de modo bem diferente, as respostas dadas pelas crianças aos seus problemas (estímulos).
Outra “pista correta” comum às teorias cognitivista, construtivista, interacionista e a da pessoa concreta é que todas consideram o indivíduo como ativo na construção de seu próprio conhecimento.

Esses e outros aspectos são instrumentos importantes para o professor poder intervir da melhor maneira no processo de aprendizagem do aluno.

-Anita- 

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