Assisti a um vídeo
ontem do famoso educador inglês Sir Ken Robinson sobre o paradigma da educação.
Ele explica, ao final do vídeo, o que é o “pensamento divergente”, isto é, a
capacidade de se pensar em várias soluções para um problema. Foi feito um teste
com crianças em que se utilizou uma escala para medir o “grau” do pensamento
divergente baseado no número de soluções que cada criança encontrava para as
questões propostas. Entre as crianças testadas no jardim de infância, 98%
atingiram o grau de gênio. As mesmas crianças realizaram o teste cinco anos
depois e mais uma vez três anos depois. Ele não dá a porcentagem, mas diz que o
número de crianças que atingem o grau de “gênio” vai caindo drasticamente à
medida que elas vão crescendo. Segundo o palestrante, o estudo mostra que todos
temos a mesma capacidade e que ela diminui. O que acontece durante a infância
para que isso ocorra? Robinson diz que o modelo de educação ensina às crianças
que há uma única resposta, que está no final do livro. Ou seja, a capacidade
criativa inata que a criança usa no começo da infância para construir sua
aprendizagem, para conhecer o mundo e para passar da associação do significante
para o significado não está sendo muito bem trabalhada pela maioria das
escolas, principalmente quando as crianças já estão chegando perto da
adolescência. Robinson defende que precisamos modificar a estrutura do sistema
educacional e pensar melhor na capacidade cognitiva humana.
-Anita-
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