
A
visão de educação de Edgar Morin reflete o recorrente tema da globalização. A
educação, para ele, precisa refletir a “era planetária”, ou seja, a relação e a
influência que as pessoas, os países e todas as coisas têm entre si. O ponto
principal não é transformar todas as disciplinas em uma só, mas sim fazer com
que elas se comuniquem sem perder as suas particularidades. Se o professor consegue
colocar na aula um pouco de outras disciplinas, forma o complexo, o tecido que
liga as informações. E além do benefício da construção de um conhecimento mais
completo, essa interdisciplinaridade pode despertar a curiosidade do aluno,
fazendo com que ele fique mais motivado a aprender. Eu acharia as aulas de
física muito mais interessantes se soubesse um pouco da história da matéria ou
se pudesse ter feito mais experimentos em sala de aula. Os alunos não são todos
iguais. Mesmo que estejam submetidos aos mesmos métodos de ensino, cada um tem
características particulares e únicas. Enquanto um aluno pode se interessar por
física teórica sem precisar de outros recursos, outro pode perder completamente
o interesse se não tiver uma “ajuda” de outras disciplinas.
O
papel da construção do conhecimento de modo completo e abrangente, para Morin,
é fundamental e vai além da escola. Precisamos conhecer o pensamento complexo,
a era planetária, para saber quem somos e para onde caminha a humanidade.
-Anita-
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