Viktor Frankl, psiquiatra austríaco que fundou a logoterapia, afirma que a vida não é a busca por prazer, como acreditava Freud, mas a busca por um sentido. É uma visão de vida centrada no futuro. Ele cita em seu livro mais famoso, Em busca de sentido, que ninguém pode tirar de nós a liberdade de escolher como iremos reagir a determinadas situações. Não controlamos o que nos acontece na vida, mas podemos controlar como nos sentimos e reagimos ao que nos acontece. Essa liberdade existencial foi experimentada ao máximo por Frankl, que, durante o período em que esteve preso em campos de concentração, precisava diariamente encontrar motivos para não desistir de viver.
O desejo de ter um propósito e um sentido na vida, segundo Frankl, é o que nos move. Cada um encontra o seu próprio significado, mas a vontade de querer ter um sentido nos une a todos. A possibilidade de escolher como reagir a situações é inerente ao ser humano. Ou seja, apesar de vivermos em sociedade, segundo os valores desta sociedade, segundo a cultura e a educação que recebemos desde crianças, temos a liberdade de escolher como reagir ao que nos ocorre, mesmo que seja muito difícil optar por algo fora dos padrões. E Frankl é um caso exemplar (e extremo) dessa possibilidade de liberdade interior. Nos campos de concentração, era natural que todos reagissem da mesma forma às condições terríveis em que viviam. Mas alguns, como ele, conseguiram exercer essa liberdade de reação e buscaram um sentido para continuar vivendo. Frankl usou sua experiência para construir a teoria da logoterapia.
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